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Turismo e habitação no centro das preocupações dos candidatos à Câmara da Mealhada


sábado, 18 setembro 2021

Estratégias de incremento do turismo e programas de habitação para trazer mais pessoas à Mealhada foram dois dos temas em maior destaque no primeiro debate com os seis candidatos à Câmara Municipal da Mealhada, promovido sexta-feira à noite pela rádio Mundialfm.

Em termos de turismo, o candidato do PS, Rui Marqueiro, admite “que ainda se está longe do ótimo, ou sequer do bom, mas destaca “as dormidas a crescer no município, números muito expressivos na restauração e muita captação à base de eventos desportivos”.

Da parte da Coligação Juntos pelo Concelho da Mealhada, “há uma excessiva dependência das infraestruturas municipais e que o sucesso turístico não se pode aferir pela ocupação, mas pelo rendimento” e, nesse ponto, assinala que tem havido uma quebra na hotelaria e restauração.

O candidato do Movimento Mais e Melhor, António Jorge Franco, aponta para a promoção das quatro maravilhas da Mealhada e em tornar o concelho “um centro turístico, investir no turismo rural, criar praias fluviais”, bem como criar um “centro interpretativo na Pampilhosa”.

Na CDU, João Marques propõe uma reformulação do complexo termal do Luso e a certificação do leitão, “que daria mais destaque a um dos principais produtos do concelho”.

A representar o Chega, José Mota (a candidata, Nélida Marques, esteve ausente devido ao falecimento de um familiar) assinala a inexperiência da lista, mas propõe, no turismo, uma praia fluvial e um passadiço ao longo do Rio Cértima.

O candidato do Bloco de Esquerda, Gonçalo Lopes, sublinha o destaque das quatro maravilhas, da Mata do Bussaco e refere a necessidade de haver um Museu Municipal, um núcleo turístico e ferroviário na Pampilhosa e uma praia fluvial no Lograssol.

Plano de habitação

Hugo Alves Silva tem o objetivo de trazer mais 700 residentes para a Mealhada e considera que se consegue invertendo as políticas dos últimos anos. “Temos de trazer para o concelho indústrias transformadoras, que trazem valor acrescentado”, afirma.

António Jorge Franco assinala a necessidade de desburocratizar e agilizar os projetos de licenciamento. “Tem também de haver mobilidade, espaço público agradável e serviços a funcionar da melhor forma possível”, entende.

Para Rui Marqueiro, é necessário aprovar uma estratégia local de habitação, de forma a candidatá-la ao Programa de Recuperação e Resiliência. “Temos terrenos camarários e terrenos privados. Devemos falar com pessoas e tentar convencer a construir”, considera.

João Marques aponta para a grave degradação urbana de vilas e aldeias, enquanto propõe a criação de um Conselho Municipal para pessoas mais velhas e comissões de moradores dos bairros.

Mobilidade, Economia, Saúde, Educação e Juventude foram outros temas discutidos, num debate transmitido online e disponível nas redes sociais da rádio.