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Temperaturas descem esta noite para valores negativos


quinta, 10 janeiro 2019

Nas próximas 48 horas, o Instituto Português do Mar e da Atmosfera (IPMA) anunciou a chegada de tempo frio e seco. Prevê-se assim a descida da temperatura mínima em todo o Continente, na sexta-feira, para valores entre os -4º C e os 6ºC, sendo que a temperatura máxima se situará entre os 4ºC e os 18ºC.

O IPMA anunciou para além da descida da temperatura, para hoje e amanhã, vento com rajadas que podem chegar aos 70 km/h, na região Norte e Centro do país. Também é esperada a formação de neblina ou nevoeiro e um acentuado arrefecimento noturno e formação de geada. Estas são, para já, as previsões para a noite de hoje, que se arrastam até à madrugada de sábado, provocando um “desconforto térmico elevado”, de acordo com a Autoridade Nacional de Proteção Civil (ANPC).

Desta feita, a ANPC enumera alguns dos efeitos da acentuada descida da temperatura em todo o país: “intoxicações por inalação de gases, devido a inadequada ventilação, em habitações onde se utilizem aquecimentos com lareiras e braseiras; incêndios em habitações, resultantes da má utilização de lareiras e braseiras ou de avarias em circuitos elétricos; eventual formação de gelo em troços de estradas com ensombramento permanente”. Perante isto, é sugerida especial atenção às crianças, idosos, pessoas portadoras de patologias crónicas e população sem-abrigo.

A ANPC assim como a Direção Geral de Saúde (DGS) apelam à adoção de comportamentos preventivos para minimizar o impacto da vaga de frio que espera todos os portugueses nas próximas horas.

Conforme comunicado de imprensa veiculado pela ANPC, deverá ser dada especial atenção às zonas historicamente mais vulneráveis, onde deverá ser feita a “observação e divulgação das principais medidas de autoproteção para estas situações”. Entretanto, a ANPC sugere a adoção das seguintes medidas de proteção individual: “que se evite a exposição prolongada ao frio e às mudanças bruscas de temperatura; manter o corpo quente, através do uso de várias camadas de roupa, folgada e adaptada à temperatura ambiente; a proteção das extremidades do corpo (usando luvas, gorro, meias quentes e cachecol) e calçado quente e antiderrapante; a ingestão de sopas e bebidas quentes, evitando o álcool que proporciona uma falsa sensação de calor; ter especial atenção com a proteção em termos de vestuário por parte dos trabalhadores que exerçam a sua atividade no exterior, e evitar esforços excessivos resultantes dessa atividade; acautelar a prática de atividade física no exterior, prestando atenção às condições do piso para evitar quedas; prestar atenção aos grupos mais vulneráveis (crianças nos primeiros anos de vida, doentes crónicos, pessoas idosas ou em condição de maior isolamento, trabalhadores que exerçam atividade no exterior e pessoas sem abrigo); seguir as recomendações do médico assistente, garantindo a toma adequada da medicação para doenças crónicas”.

No âmbito da proteção coletiva, a ANPC sugere: “especial atenção aos aquecimentos com combustão (ex.: braseiras e lareiras), que podem causar intoxicação devido à acumulação de monóxido de carbono e levar à morte; que se assegure uma adequada ventilação das habitações, quando não for possível evitar o uso de braseiras ou lareiras; que se evite o uso de dispositivos de aquecimento durante o sono, desligando sempre quaisquer aparelhos antes de se deitar; que se tenha em atenção a condução em locais onde se forme gelo na estrada, adotando uma condução defensiva; e estar atento às informações da meteorologia e às indicações da Proteção Civil e Forças de Segurança”.

É ainda recomendada à população a consulta das páginas de internet www.dgs.ptwww.ipma.pt e www.prociv.pt para obtenção de informações adicionais, assim como se reforça a importância da hidratação assim como da manutenção da temperatura corporal quente. A ANPC adverte ainda “se ficar doente, não corra para as urgências, Ligue SNS 24 (808 24 24 24)”.